domingo, 17 de julho de 2016

Entrevista Jornal Correio do Ribatejo, Julho de 2016


O que o levou a lançar aquela que é a primeira marca de luxo em Portugal, a Global Monarchy?

- Sou apaixonado pelo universo do luxo e há muito que acalentava o sonho de lançar uma marca própria. Depois, as nossas indústrias têxteis, calçado, chapelaria, curtumes aqui ao lado em Alcanena, entre outras relacionadas são hoje sobejamente reconhecidas internacionalmente. Ao constatar que faltava uma grife Portuguesa, que poderia representar uma evolução da cadeia e que tinha capacidade para concretizar esse desígnio, contribuindo para um sector que também é nosso tradicionalmente e ancestralmente, - a par de Itália e de outras potências co-protagonizamos a Rota da Seda e fomos pioneiros na globalização, - avancei.


Em que é que se inspirou para criar a marca?

- A marca respira Portugalidade e a sua gesta, no seu espirito e simbolismo. Inspirei-me igualmente na moderna estirpe de cidadãos excelsos que hoje se movimentam pelo mundo com uma mundividência própria e que nos inspiram. Assim foram no passado heróis como Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral, entre outros. E contemporaneamente, como um dos exemplos vivos, o nosso artista Vhils que é uma figura de proeminência mundial. Um cidadão do mundo e um “Monarca” na sua área.


Como têm sido os resultados e a aceitação desta marca portuguesa de moda de luxo?

- Mal apresentamos a primeira peça, em menos de uma hora, obtivemos procura de Montréal, Canada. Já enviamos peças para as principais capitais mundiais: Macau, Paris, Londres, Barcelona, entre outras. E acabamos de entrar em algumas lojas Portuguesas onde registaram-se vendas. A montante, temos sido destacados em meios de comunicação generalistas e por estes dias na espetacular revista Soul da Associação Portuguesa de Calçado, que chega a mais de 100 países. Tudo isto é bom para a imagem do País e para a economia pois é tudo produzido cá, nas fábricas do norte que produzem para as marcas mais sonantes e que nunca tinham tido um cliente lusitano. O balanço plausível é equivalente ao valor intrínseco do projecto e da qualidade magnificente dos produtos.


Há espaço para crescer neste segmento?

- Aqui há uns tempos atrás adorávamos todos comer comida rápida: comida de gordura saturada feita sabe se lá do quê, não nos importávamos se nos fazia mal, também não queríamos saber como eramos atendidos. Hoje em dia se não soubermos o que nos estão a oferecer ficamos reticentes ou não comemos, valorizamos muito mais o atendimento ou um espaço sereno onde possamos degustar um bom prato. Mais do que nunca valorizamos a alta qualidade. Que no caso da restauração é celebrada nos guias michelin. Com a roupa houve uma evolução com paralelo. A sociedade prefere roupa com mais qualidade, mais bonita e especial, que cai melhor no corpo e que por isso até eleva a auto-estima, mais durável e logo mais amiga do ambiente, feita em fábricas que não exploram pessoas. O luxo está imparável no seu crescimento. A comprová-lo, com eminência, temos um Português na crista da onda que é o José Neves que fundou a inovadora empresa Farfetch, avaliada num bilião de doláres.


O que é, para si, ser Empreendedor?

- É o que nos caracteriza enquanto Portugueses. Agostinho da Silva frisava que Portugal foi criado, que Dom Afonso Henriques apoiado por Templários conquistou um espaço que pertencia a Espanha e empreendeu um País. Os descobrimentos foram outra iniciativa magnânima. Também ressalvo as palavras do Nobel Muhammmad Yunus: «Todos os seres humanos são Empreendedores. Quando estávamos nas cavernas, éramos trabalhadores por conta própria (...)»


Sendo um leitor acérrimo, que três livros sobre Portugal recomendaria?

- Portugal, A Primeira Aldeia Global. Como sobreviver a Portugal, continuando a ser Português. E quase todos do Historiador José Manuel Gandra pois descodificam muito sobre Portugal desde a crucial Batalha de Ourique.


Se pudesse alterar um facto da história qual escolheria?

- Teria evitado a expropriação dos Templários. Ao saírem de Portugal fixaram-se na Suíça para onde levaram conhecimentos avançados na altura, como os da banca, e toda uma cultura que nos caracterizava enquanto nação verdadeiramente valente. Há quem diga que o tesouro deles permanece em Sintra e que será revelado quando Portugal volte a ser Portugal. Para que se corrobore esta teoria que alguns políticos após o 25 de Abril de 1974 tem tentado sonegar, repare-se que a Suíça que é dos melhores Países da actualidade tem na bandeira do País uma cruz. Os logotipos de inúmeras marcas Suiças como a Victorinox, Tissot, entre muitas outras são cruzes.


Viagem de sonho?

- Devo ir a Nova Iorque brevemente que podia ser a viagem, mas não é essa. É Tóquio e o Japão que são um mundo à parte do mundo e estão avançados. E enquanto Portugueses temos mais afinidades. A tempura e o pão, por exemplo, foram levados para lá por nós.

O que mais aprecia nas pessoas?

- Humanismo, integridade, humildade, ousadia e a rara capacidade de se assumirem elas mesmas.

O que mais detesta nelas?

- Pobreza de alma, a negatividade e o espirito do Velho do Restelo que espero que todos sejamos capaz de erradicar.

Fonte: Jornal Correio do Ribatejo, nº 6526, 15 de Julho de 2016. Entrevista: Filipe Miguel Mendes, Jornalista. Fotografia: Manuel Pinto Basto. Agradecimentos: Director do Jornal Paulo Narciso, Gerardo Pedro, João Figueiredo e Marisa Fragoso.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

JOA.QUIM CARDONA

Todos os que viveram a evolução do skate e do género praticado em rua foram incontornavelmente inspirados por Nova Iorque e por um dos seus protagonistas que todos viemos a descobrir que era Luso-descendente, o Quim Cardona (aqui na capa da Thrasher de 1995). Para mim, o seu impacto foi ainda maior, pois descobri isso depois dele ter referenciado a minha revista numa entrevista a uma prestigiada publicação internacional.

domingo, 8 de maio de 2016

Monarchia Moderna

Sobre o epíteto de 'Monarchia Moderna' (latim de Monarquia Moderna), esta é a segunda peça da minha marca de luxo Global Monarchy Expressão de um período actual em que Portugal confecciona gama-alta para algumas das marcas mais relevantes a nível global. Edição limitada de 100 peças, feitas à medida e numeradas. Quem tiver interessado em adquirir esta peça ícone, representativa de Portugalidade, gosto e modernidade, mande-me mensagem privada. Começarão a ser entregues no final deste mês.